Segundo a psiquiatra suiça Elisabeth Kübler- Ross, a vivência de uma pessoa lesionada e semelhante ao luto, ela categorizou em estágios, são eles:
1 – Estágio da negação: a pessoa não aceita sua condição.
2– Estágio da raiva: a pessoa percebe que está incapacitada de exercer suas habilidades atléticas por conseqüência da lesão sofrida.
3 – Estágio da negociação: a pessoa começa a compreender a necessidade de mudar seus comportamentos visando promover a melhoria de sua saúde. Nesse estágio, os atletas religiosos se apegam ainda mais em suas crenças.
4– Estágio da depressão: a pessoa compreende sua condição incapacitante, perda da identidade profissional.
5– Estágio da aceitação e/ou reorganização: a pessoa aceita sua condição atual, busca trabalhar com mais empenho com intuito de retornar aos treinos.
Nesse processo de recuperação e acompanhamento do atleta lesionado é papel do psicólogo do esporte, a escuta terapêutica (ouvir as queixas para aliviar as angústias, os sofrimentos, os medos, as inseguranças etc.). Desenvolver a motivação (fortalecer a auto-estima, estabelecer metas de curto à médio prazo). Controlar a ansiedade (propor relaxamento, utilizar técnicas de visualização mental e de concentração). Preparar o atleta para o retorno das atividades esportivas (fortalecer a segurança, a auto-eficácia, utilizar técnicas de auto-instrução, desenvolver junto com a equipe interdisciplinar o retorno gradativo das rotinas). Incentivar as pessoas importantes do círculo social do atleta a fim de auxiliar durante todo do processo de recuperação e promoção da saúde (familiares, parentes, amigos, companheiros da equipe).
O acompanhamento psicológico poderá ser um aliado fundamental que irá proporcionar ao atleta e a comissão técnica mais uma ferramenta para o período de reabilitação e retorno as atividades laborais.
Por Ana Cristina Ielo
Pós-graduada em Psicologia do Esporte, com especialização em Psicologia Cognitivo Comportamental. Mindfulness aplicada na Terapia Cognitiva Comportamental.